segunda-feira, novembro 10, 2025
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“Violência extrema”, diz juíza ao manter preso suspeito de matar homem a facadas em Jaguaré

Frank Wiliam da Rocha foi morto com ao menos 20 golpes de arma branca. Valdinei Gonçalves, de 36 anos, foi preso suspeito de cometer o assassinato

A Justiça converteu em preventiva — por tempo indeterminado — a prisão em flagrante de Valdinei Gonçalves, de 36 anos, detido pela Polícia Civil na manhã da última quinta-feira (9), enquanto estava escondido na casa de parentes. Ele é suspeito de matar a facadas Frank Wiliam da Rocha, de 39 anos, na noite da última quarta-feira (8), em uma propriedade rural na comunidade de Vargem Grande, zona rural de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo.

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A decisão de manter o suspeito preso foi tomada pela juíza Emília Coutinho Lourenço durante audiência de custódia realizada na sexta-feira (10), conforme decisão obtida pela reportagem nesta segunda-feira (13).

A magistrada atendeu ao pedido do Ministério Público para que o suspeito permanecesse preso, somado ao próprio entendimento de que “a manutenção da liberdade do autuado revela-se, por ora, temerária, mostrando-se adequada e necessária a decretação da prisão preventiva”, diz a decisão.

“Ressalte-se que o nacional é reincidente, conforme certidão de antecedentes criminais juntada aos autos, estando atualmente em cumprimento de pena privativa de liberdade, o que evidencia habitualidade delitiva, desrespeito às normas penais e ausência de freios inibitórios, reforçando o risco concreto de reiteração criminosa. A prisão cautelar, nesse contexto, mostra-se indispensável para a garantia da ordem pública, ante a gravidade em concreto dos fatos, que envolvem a prática de homicídio qualificado, crime cometido com violência extrema e elevado grau de reprovabilidade”, escreveu a juíza na decisão.

Por fim, a magistrada destacou que “tais circunstâncias denotam acentuada periculosidade do agente, sendo a segregação cautelar a única medida capaz de neutralizar o risco à coletividade e ao regular andamento da persecução penal”.

O crime e a prisão do suspeito

  • Frank Wiliam da Rocha, de 39 anos, foi morto a facadas na noite de quarta-feira (8 de outubro) em uma propriedade rural localizada na comunidade de Vargem Grande, zona rural de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo. Valdinei Gonçalves, de 36 anos, foi preso pela Polícia Civil na manhã do dia seguinte escondido na casa de parentes, suspeito de ter cometido o crime.
  • Segundo a Polícia Militar, quando a equipe chegou ao local do homicídio, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) já havia constatado o óbito da vítima, que apresentava “múltiplas perfurações causadas por instrumento perfurocortante”. Informações apuradas pela reportagem indicam que Frank foi atingido por ao menos 20 golpes de faca.
  • De acordo com a Polícia Civil, testemunhas relataram que o suspeito, que também trabalhava e residia na propriedade, teria confessado o crime e fugido em seguida, levando alguns pertences. A perícia da Polícia Científica realizou levantamentos no local, identificou diversas lesões no tórax e no pescoço da vítima e encaminhou o corpo para a Seção Regional de Medicina Legal (SML) de Linhares.
  • “Logo nas primeiras horas desta quinta-feira, os policiais civis iniciaram diligências com o objetivo de identificar e localizar o autor do crime. Durante as investigações, a equipe recebeu uma informação anônima indicando que o suspeito estaria escondido na casa da avó dele, no bairro Irmã Tereza [em Jaguaré]. Considerando que as buscas se estenderam durante toda a madrugada, os policiais montaram uma campana em frente ao imóvel”, informou a Polícia Civil.
  • “No momento em que o suspeito saiu pelo portão e começou a caminhar pela via, foi imediatamente abordado e preso em flagrante. O homem foi conduzido à Delegacia de Polícia de Jaguaré, onde foi autuado por homicídio. Após os procedimentos de praxe, o detido foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça”, concluiu a corporação.

A reportagem tenta localizar a defesa do suspeito preso citado no texto. Este espaço segue aberto para posicionamento.

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