O veneciano Najay Antonio Rigoti Guimarães, 31 anos, mora hoje em Bragança Paulista, é piloto comercial de uma grande empresa aérea, responsável por pilotar voos nacionais e internacionais, na América do Sul.
Nascido e criado no Córrego do Dantas, interior de Nova Venécia, Najay se formou primeiro para pilotar monomotores, aviões pequenos, em um curso, que foi realizou a parte teórica no Aeroclube do Espírito Santo e a fase prática, no Aeroclube de Pará de Minas. A Formação foi de piloto privado. “Depois dessa época fui para São Paulo, trabalhar em uma empresa onde fui vendedor e instalador de vidros automotivos. Morei no alojamento da empresa que ficava a 500 metros de várias escolas teóricas de curso de piloto comercial”, revela.
Sendo assim, lá foi ele. De dia trabalhava instalando vidros e a noite, fazia curso para se tornar um veneciano responsável por conduzir aeronaves lotadas de passageiros. Depois disso, Najay voo mais alto, e em Bragança Paulista, foi o local onde fez a parte prática do curso, ficando por lá após o término. “Fui contratado para ser instrutor de voo do Aeroclube de Bragança Paulista e trabalhei ali até 2019, que foi quando a empresa aérea comercial que estou hoje, me contratou”, explica.
Para se formar em piloto privado e comercial, Najay estudou por quatro anos, e hoje o salário dele gira em torno de cinco vezes a mais do que ele ganhava na empresa de vidros. Aquilo que, segundo ele, era algo muito distante de sua vida virou realidade. “Eu venho da roça, nunca tive esse sonho de infância de ser piloto de avião, era algo muito distante da minha realidade, mas as coisas foram acontecendo, se encaixando e deu certo”, declara.
Quando perguntado se a temida turbulência o causa algum receio, Najay é categórico em dizer que isso não derruba avião, e que não tem nenhum medo. Sobre só o vôo de sua vida, adivinhem? “Foi quando tive meus pais a bordo, um voo curtinho, mas, foi o mais emocionante. Com muita dificuldade eles me ajudaram a pagar os cursos de piloto, a fazer Inglês e tudo que eu precisava, para estar hoje, onde estou”, conta.
Nova Venécia
Filho dos agricultores José Antônio Fontana Guimarães e Marlene Rigoti Guimarães, moradores do Córrego Danta, irmão da Rita, Najay estudou na extinta Escola Unidocente Córrego Danta, até a 4ª série do Ensino Fundamental, e se orgulha de ter tido a Suely Delboni Bergamim (In Memória), como sua professora.
Com a extinção da unidade, o menino passou a estudar na EMEF Veneciano. “Continuava morando no interior e para ir à escola, utilizava o transporte escolar municipal todos os dias, para ir e voltar para casa”, conta.
Após, foi a vez do menino do Córrego do Dantas terminar o Ensino Médio na EEEM Dom Daniel Comboni (Estadual). Nesta época, ele passou a morar com a tia, no bairro Rúbia. Trabalhava de dia e estudava a noite.
Ao sair de Nova Venécia, antes de seguir caminhos como piloto, Najay foi seminarista Franciscano por menos de um ano, em São João Del Rey, em Minas Gerais. Mais tarde também, se formou em Teologia.
Mesmo longe e voando pelo céu de muitos países, os ensinamentos que teve em Nova Venécia, o piloto diz não esquecer, e lembra muito bem de todos os professores que teve, inclusive da Delma Maia, Lucycleide, Marilene, Ivanda, Carminha, e claro, da sua eterna alfabetizadora, a Suely Delboni Bergamim.
Para finalizar, o nome da empresa aérea que Najay trabalha e fotos uniformizado não puderam ser veiculadas na matéria devido a questões contratuais.