segunda-feira, abril 28, 2025
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Uma vida dedicada a ajudar ao próximo

Já que A Notícia completou 28 anos, vamos mostrar a história de uma leitora, que como o Jornal, se preocupa em apoiar a quem precisa

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O voluntariado forma uma rede de solidariedade capaz de ajudar pessoas, com as mais diversas necessidades e carências. Do inconformismo, nasce a dedicação. Diante da indiferença de tantos, vem a capacidade de enxergar e acolher o outro como ele é: sem retoques e, principalmente, sem moeda de troca. Na matéria, será mostrado um pouco da vida da pedagoga aposentada, reikiana e reflexologa, Geralda Aparecida Gonçalves, 58 anos, que vem ao longo da vida, dedicando momentos ao voluntariado.
A intenção do texto, é mostrar que fazer o bem, sempre faz bem. Também, não é o intuito comparar este veículo de comunicação a ninguém, e sim, mostrar que A Notícia, desenvolve ações e ainda, muitas vezes é a ponte para conquista de diversos sonhos.

“Me doar às pessoas, a qualquer horário do dia e da noite. Foi isso que fiz por todos os lugares que passei, e assim, sou até hoje”

Geralda Aparecida Gonçalves

Um escola diferente

Na extinta Escola Municipal Pequeno Mundo, Geralda coleciona histórias emocionantes. A experiência foi tão intensa, que a pedagoga se emociona até hoje, quando lembra das crianças.
“Foi uma experiência maravilhosa, mas se eu tivesse que passar por aquilo tudo de novo, eu não teria estrutura emocional. Crianças com muito problemas em casa, lares doentes pelo álcool, violência e muita coisa ruim. Mas ali, eles eram tudo de bom”, diz.
De acordo com Geralda, o trabalho que foi selecionado para ela, era de supervisora.
“O trabalho era de supervisora e o restante, era uma missão mesmo. Aprendi que aqueles meninos precisavam dos melhores profissionais perto deles, das melhores pessoas, de ser humano. O pobre tem direito a ter uma mesa de refeição bonita também. Isso e outras questões, estas crianças só tinham lá, pois seus lares não havia nada disso”, fala
A pedagoga se recorda da Primeira Olimpíada de Matemática, que teve em Nova Venécia. “O ouro ficou para o Jussiê, que era estudante do Pequeno Mundo. Olha aonde ele está hoje, na França. Esse menino me ligou estes dias, me chamando como antes, de tia e dizendo que estava com saudades. É muito orgulho, sinto que a missão foi cumprida”, relata.
“Algumas pessoas vão dizer que nós recebíamos pelo trabalho. Amor e carinho, dedicação em tempo integral, ninguém paga, nada paga, não há moeda que supra isso. Se doar a pessoas, a qualquer horário do dia e da noite, foi isso que fiz por todos os lugares que passei, e assim, sou até hoje”

Solidariedade
Aposentada, hoje a reikiana e reflexologa segue a vida levando solidariedade e continua buscando, nada em troca. Na Casa Espírita Chico Xavier, entre os trabalhos voluntários desenvolvidos, está uma ação realizada todas as manhãs de sábado. Geralda e outros integrantes da Casa, alugaram um local no bairro Aeroporto 2, chamado de Posto de Assistência Espírita Tia Idalina.
“Palestras e oficinas são ministradas para crianças ali. Não há obrigatoriedade de presença e a frequência é espontânea. Lápis de cor e artesanato fazem parte de nossas manhãs lá. Vejo que a meninada adora”, conta.
A ação do sábado, começa às 8h e vai até 11h30, com café da manhã, e já dura dois anos.
Geralda é casada, tem dois filhos e não pretende mudar de Nova Venécia, e nem parar de ser solidária. “Tudo que conquistei, foi essa cidade que me deu, amo isso aqui. Sou grata por este lugar todos os dias e muito grata a todas as pessoas que ajudei e ajudo, no fundo é ao inverso, elas que fazem o bem para mim”.

O destino entrelaçado com Nova Venécia

Geralda mudou-se há 34 anos para Nova Venécia. Antes disso, vindo de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, foi em Vila Velha, que a vida de dedicação ao próximo iniciou. O trabalho começou no Lar Fabiano de Cristo, uma instituição filantrópica, com regime de semi-internato, para crianças carentes. Sendo monitora de sala de aula, aos 24 anos, Geralda recebeu o aviso de um tio, que em Nova Venécia estavam precisando de uma pessoa com o seu perfil, para atuar no Lar de Abigail.
“Eu não sabia nem para que lugar ficava esta cidade, nunca tinha ouvido falar. Mas alguma coisa me dizia que eu teria que vir. E foi o que fiz. Morei dentro do Lar de Abigail por oito anos, cuidava das crianças como se fossem meus filhos”, fala
Na época, a unidade que hoje é uma escola, funcionava como orfanato, e ali, a barra mansense desenvolvia o papel de coordenadora, de mãe e pai. Era ela uma das funcionárias responsáveis por cuidar em tempo integral das crianças.
“Eu levava ao médico, dava carinho, amor, chamava atenção quando necessitava. Vi muitas histórias tristes ali dentro, e muitas felizes também. Hoje encontro com rapazes e moças, que quando pequenos, foram adotados e estão muito bem. O carinho que eles têm por mim, não tem preço”, conta.

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