quinta-feira, dezembro 12, 2024
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Por que algumas pessoas precisam se levantar de noite para urinar?

Um em cada três adultos com mais de 30 anos faz pelo menos duas viagens ao banheiro todas as noites.

*Christian MoroCharlotte Phelps / Universidade de Bond / The Conversation

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Pode ser normal acordar uma ou até duas vezes durante a noite para fazer xixi, especialmente à medida que envelhecemos.

Um em cada três adultos com mais de 30 anos faz pelo menos duas viagens ao banheiro todas as noites.

Acordar regularmente para urinar é chamado de diurese noturna, ou noctúria. É um dos sintomas de incômodos urinários mais comumente relatados (outros incluem urgência e jato fraco).

Então, o que causa a noctúria e como ela pode afetar o bem-estar?

Uma série de causas

A noctúria pode ser causada por uma variedade de condições de saúde, como problemas cardíacos ou renais, diabetes mal controlada, infecções da bexiga, uma bexiga hiperativa ou problemas gastrointestinais. Outras causas incluem gravidez, medicamentos e consumo de álcool ou cafeína antes de dormir.

Embora a noctúria cause interrupção do sono, o inverso também é verdadeiro. O sono interrompido, ou insônia, também pode causar noctúria.

Quando dormimos, é liberado um hormônio antidiurético que diminui a taxa de produção de urina pelos rins. Se ficarmos acordados à noite, menos desse hormônio é liberado, o que significa que continuamos a produzir taxas normais de urina. Isso pode acelerar a velocidade com que enchemos a bexiga, e daí precisamos nos levantar durante a noite.

Estresse, ansiedade e assistir à televisão até tarde da noite são causas comuns de insônia.

Uma pessoa com as mãos na frente da área pélvica em um banheiro.
Às vezes precisamos nos levantar tarde da noite para urinar (Christian Moro)

Efeitos da noctúria no cotidiano

A quantidade de sono recomendada para adultos é entre sete e nove horas por noite. Quanto mais vezes você tiver que se levantar durante a noite para ir ao banheiro, mais isso afeta a quantidade e qualidade do sono.

A redução do sono pode provocar aumento do cansaço durante o dia, falta de concentração, esquecimento, alterações no humor e comprometer o desempenho no trabalho.

Se você estiver perdendo qualidade do sono devido às idas noturnas ao banheiro, isso também pode afetar sua qualidade de vida.

Em casos mais graves, a noctúria pode ter um impacto semelhante sobre a qualidade de vida que diabetes, pressão alta, dor no peito e algumas formas de artrite. Além disso, interrupções frequentes na qualidade e quantidade do sono podem ter impactos de longo prazo na saúde.

A noctúria não só perturba o sono mas também aumenta o risco de quedas pela movimentação no escuro para ir ao banheiro.

Além disso, ela pode afetar os companheiros ou outras pessoas da casa, que podem ser incomodadas quando você sai da cama para urinar.

Você pode ter uma “bexiga pequena”?

É um equívoco comum pensar que suas idas ao banheiro estão relacionadas ao tamanho da sua bexiga. Também é improvável que sua bexiga seja menor em relação a seus outros órgãos.

Se você perceber que está tendo que urinar mais do que seus amigos, isso pode ser devido ao tamanho do corpo. Uma pessoa menor que bebe a mesma quantidade de líquidos que uma pessoa maior simplesmente precisará ir ao banheiro com mais frequência.

 

Se você perceber que vai muito ao banheiro durante o dia e à noite (mais de oito vezes em 24 horas), isso pode ser um sintoma de bexiga hiperativa. Isso geralmente se apresenta como vontade frequente e repentina de urinar.

Se estiver preocupado com algum sintoma do trato urinário inferior, vale a pena conversar com seu médico.

Existem alguns medicamentos que podem ajudar no tratamento da noctúria, e o médico também poderá ajudar a identificar as causas subjacentes da necessidade de ir ao banheiro durante a noite.

Uma bexiga feliz e saudável

Aqui estão algumas dicas para manter uma bexiga feliz e saudável e reduzir o risco de você ser acordado à noite:


Texto escrito por Christian Moro , Professor Associado de Ciência e Medicina, Universidade de Bond  (Austrália) e Charlotte Phelps , Professor Sênior, Programa Médico, Bond University

Este artigo foi republicado de The Conversation sob uma licença Creative Commons. Leia o artigo original .

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