Um policial penal de Aimorés, em Minas Gerais, foi preso na manhã deste domingo (7), suspeito do crime de ameaça contra motoristas de aplicativo, no bairro São Silvano, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. O suspeito, identificado como Adelci de Souza, de 56 anos, teria sacado uma arma e apontado contra as vítimas após discordar do valor da corrida praticado por dois motoristas de aplicativo.
Segundo a Polícia Militar, dois motoristas de aplicativo contaram que estavam tomando café em uma padaria do bairro São Silvano, conversando sobre os ganhos da noite, quando o suspeito, que estava sentado em uma mesa da padaria teria discordado do valor e mesmo sentado disse ser policial, sacou a arma da cintura, “engatilhou”, e disse que os valores praticados pelas vítimas seria “um roubo”. O suspeito disse que daria voz de prisão às vítimas. Na sequência, o suspeito guardou a arma na cintura, mas seguiu com as ameaças.
As vítimas acionaram a Polícia Militar, e quando os PMs chegaram, o suspeito já havia deixado o estabelecimento, sendo visto a cerca de 30 metros da padaria, onde havia pessoas consumindo bebida alcoólica. De longe, os policiais militares avistaram o homem que estava com a arma à mostra por cima da camisa na cintura. Ele foi abordado, e conduzido pelos policiais militares, no banco traseiro da viatura, até a Delegacia Regional de Colatina.
Durante a abordagem, o suspeito contou que havia passado a noite bebendo e confirmou os fatos narrados pelas vítimas. A PM informou que recolheu a pistola calibre 9mm que estava em posse do acusado. A arma estava com 11 munições intactas.
Em nota, a Polícia Civil do Espírito Santo informou que o suspeito, de 56 anos, conduzido à Delegacia Regional de Colatina, assinou um termo circunstanciado (TC) por ameaça, e foi liberado após assumir o compromisso de comparecer em juízo.
Já a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), informou que teve ciência e acompanha os desdobramentos da ocorrência envolvendo um policial penal do Presídio de Aimorés na manhã deste domingo (7). Segundo a pasta, “o fato ocorreu fora do horário de trabalho do servidor”.
“Destacamos que a Sejusp não compactua com quaisquer desvios de conduta dos seus profissionais. Todas as situações são acompanhadas com rigor e as medidas administrativas cabíveis no âmbito do processo legal são tomadas, guardando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório”, informou o órgão.