Uma pesquisa iniciada há 10 anos pelo ex-prefeito de Nova Venécia, Walter De Prá, sobre o poder terapêutico da radioatividade natural e areias monazíticas de Guarapari, está prestes a ser indicada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para reconhecimento medicinal.
O trabalho é desenvolvido por alguns pesquisadores e é coordenado pelo Geólogo, Doutor em Águas do Brasil, Presidente da Organização Sul-americana de Termalismo e vice-presidente da Organização Mundial de Termalismo, Fábio Tadeu Lazzerini, após conquistar uma bolsa pesquisa através da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). Já o professor de Física e Física Nuclear, Dr. Marcos Tadeu D´Azeredo Orlando, é o representante da UFES.
De acordo com o ex-prefeito de Nova Venécia e pesquisador, para iniciar a pesquisa, ele entrou em contato com toda a sociedade de reumatologia dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais para saber se já existia alguma pesquisa científica que tratasse de areias monazíticas e radioatividade natural. A primeira pesquisa sobre areias monazíticas foi realizada em 1884, na Faculdade de Ouro Preto, enviada por um empresário americano, e indicaram a presença de areais monazíticas em Prado e Caravelas, na Bahia. Nelas, foi possível verificar que a areia diluída e com componentes físicos formava uma luz fluorescente.
Após isso, recebendo a ajuda de dois cientistas da USP, que levaram amostras de águas de várias praias e rios, além de areias, de Guarapari, para São Paulo, foram feitas as primeiras pesquisas e ali, começaram a identificar a existência de vários elementos físicos nas areias de Guarapari, entre eles, Rádio, Tório, Lítio, Césio, Urânio, entre outros.
De acordo com De Prá, a pesquisa teve seu primeiro resultado anunciado para todo País no ano passado. “Até o momento, só encontramos os bons, como, por exemplo: se uma mulher tem tendência a ter câncer de mama, a radioatividade impedirá que isso aconteça. Agora, se ela já tiver com o câncer, ela não será curada, mas o avanço da doença será contido”, disse.
De acordo com ele, a pesquisa é apenas um trabalho científico, ainda sem o resultado final. “Nosso próximo passo é ter médicos que fiquem em Areia Preta, em Guarapari, e todas as pessoas que forem para lá, terão que preencher uma ficha. Esses médicos vão acompanhar toda evolução de acordo com o calor, sol, vento e temperatura da água. Quando tivermos 100 fichas preenchidas, mandaremos para a Anvisa analisar e saber se ela baixa uma medida. A partir disso, a pesquisa terá validade e os profissionais serão autorizados a prescrevem a estância da radio-climática de Guarapari”, afirmou.
De Prá afirma que nas areias das praias de Areia Preta e Meaípe, em Guarapari, existem 22 qualidades de produtos físicos e a radioatividade é natural. “Depois que pesquisei todos os países e participei de dois congressos internacionais com recursos próprios, voltei convicto de que Deus deu para Guarapari o que não deu para o mundo, porque lá tem a soma de todas as praias que tem radioatividade e areias monazíticas”.
Além de Guarapari, De Prá disse que outras praias do Espírito Santo também têm areias monazíticas, contanto, num teor menor, entre elas, Anchieta e Piúma.
Um caso de uma pessoa curada pelas areias de Guarapari e que influencia na pesquisa está na família de De Prá. Ele conta que na década de 50, seu pai, que sofria de reumatismo, se enterrava na areia até o pescoço. “Ele conta que os resultados eram extraordinários”.
Além disso, De Prá afirma que outras milhares de pessoas foram curadas em Guarapari e confirma que a radioatividade das areias é natural. “Nos anos de 1960 e 1961, dois padres passaram em Guarapari e constataram os dois fatores primordiais. Primeiro: terras raras e Guarapari está em cima delas. Segundo: tem que ter radioatividade em tudo. Na água, na areia, no ar, na temperatura e nos ventos”.
Para finalizar, o pesquisador ressaltou que Guarapari se tornará um polo de saúde caso a Anvisa aprove a pesquisa. “Na hora que Guarapari estiver com a autorização da Anvisa, o mundo cientifico virá para cá”, completou.