De uma família de sete irmãos, filha de Ângelo Piassorolli (In Memória), mais conhecido como seu Angelim, e dona Ignez Lorenzon Piassaroli, Maria da Penha Piassorolli venceu barreiras e foi a primeira profissional Farmacêutica Bioquímica, graduada de Nova Venécia.
Aposentada e atualmente morando em Guriri, em 1971, Penha saiu do município veneciano e foi estudar em Vitória, na única faculdade de Farmácia do Estado, na época, a Faculdade de Farmácia e Bioquímica (FAFABES), concluindo o curso no ano de 1976, aos 22 anos. “Como meu pai era dono de farmácia e um ser humano muito dedicado, achei que eu poderia ser útil como Farmacêutica. Não tinha nem noção do que exatamente era um curso de Farmácia, mas, acho que deu certo”, fala.
“Como meu pai era dono farmácia e um ser humano muito dedicado, achei que eu poderia ser útil como Farmacêutica. Não tinha nem noção do que exatamente era um curso de Farmácia, mas, acho que deu certo”
Maria da Penha Piassorolli, primeira Farmacêutica Bioquímica graduada de Nova Venécia.
Primeira Farmacêutica Bioquímica contratada pelo Hospital São Marcos e também do município veneciano, Penha foi a responsável técnica por muitos anos da Farmácia Santa Inês, empreendimento que era do pai. “Meu pai colocou o nome do estabelecimento em homenagem à minha mãe, e a farmácia existe até hoje, com o mesmo nome e no mesmo local. “Em 1989 a Prefeitura de Nova Venécia abriu o primeiro concurso público para Farmacêutico – Bioquímico, eram duas vagas, Geda (In Memória) e eu fomos aprovados. Eu fui para a Assistência Farmacêutica, cheguei a ser, por um curto período, Secretária Municipal de Saúde do Município. Coordenei a Assistência Farmacêutica Municipal até me aposentar”, conta.
Antes de ir para Vitória, Penha estudou no Colégio Veneciano, e pouco tempo no extinto Comboni. “Meu pai foi um grande influenciador para eu seguir na profissão, eu nasci “dentro da “farmácia”. Quando cheguei na cidade já formada, no início senti um pouco de preconceito, eu era muito nova e aparência de mais nova ainda, e, naquela época, já teve gente que não quis que eu colhesse o sangue dela, e muitas vezes, o médico precisava intervir, que a paciente aceitasse. Mas, fui me reafirmando no mercado e vencendo estes obstáculos”, conta.
Nascida no Sul do Estado, em Castelo, Penha que chegou em Nova Venécia aos oito anos, afirma que a escolha pela profissão e todos os anos de carreira, valeram a pena. “Gostei de exercer a minha profissão e me senti ainda mais realizada, quando trabalhei no serviço público, que é onde a gente consegue fazer relações humanas, é o que papai fazia, eu herdei isso dele. Eu sei que nunca vou chegar aos pés do meu pai, mas, segui seus ensinamentos e aprendizados”, finaliza.