O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, manifestou preocupação com o resultado da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, na qual o número de óbitos nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, chegou a 121, segundo dados até a noite de quarta-feira (29).
A reflexão foi feita durante a cerimônia de entrega do Prêmio Humaniza, no Palácio Anchieta, na mesma quarta-feira. Casagrande avalia que “o número de vidas perdidas durante a megaoperação realizada no Rio” não pode ser considerado normal.

Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil
“Não é normal que em uma operação policial mais de 130 pessoas percam a vida”, assinalou o governador, voltando a reafirmar: “Não é normal isso”.
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Diante da gravidade dos fatos, Casagrande apontou para a necessidade de uma investigação a ser conduzida pelo Ministério Público e pelas próprias forças de segurança do Rio de Janeiro.

“Alguma coisa precisa ser apurada, investigada, analisada”, destacou.
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Ele complementou que é fundamental o trabalho do MP fluminense no que se refere à investigação e apuração para que se saiba o que de fato aconteceu. O objetivo é “a gente poder ter clareza naquilo que nós estamos vendo, as cenas que a gente está vendo lá no Rio de Janeiro”. O governador observou, ainda, que o órgão ministerial tem o papel de atuar como “controle externo das forças de segurança”.
“É muito difícil você não fazer uma análise e uma reflexão com o saldo de tantas pessoas que perderam a vida em uma única operação”, disse, observando que a situação no Rio de Janeiro “sinaliza que o Brasil ainda possui muitos desafios”.
“Mas no Espírito Santo a gente tem dado passos. A gente tem desafios ainda, mas nós temos dado passos importantes em direção à justiça e que a gente possa continuar nesse trabalho”, concluiu.





