quinta-feira, maio 15, 2025
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Lugar de mulher é onde ela quiser

carimbo-1Faltando muito ainda para conquistar espaços, a reflexão e diferentes ações são mais relevantes que flores e as caixas de bombom. Os desejos para o Dia Internacional da Mulher, são mais duradouros do que pétalas e menos doces do que chocolate

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O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.

Débora Motta é o orgulho dos filhos
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Nedina Martins de Assis não se vê em outra profissão
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Beatriz Ferreira de Carvalho: “batom e brincos também fazem parte do nosso dia a dia”
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Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Mesmo com uma longa jornada de conquistas, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovam que as mulheres ainda hoje, ganham 30% a menos que os homens, e que, a paridade salarial entre mulheres e homens vai levar mais de 70 anos para ser alcançada. A nível global, a diferença diminuiu apenas 0,6% entre 1995 e 2015, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A luta pelos direitos femininos ainda precisa ir além, e isso, pode começar em até pequenos gestos dentro de casa, afinal, tudo é tão machista e envolto para o lado masculino, que é muito comum ouvir das próprias mulheres, que seus maridos às ajudam em casa. É bom lembrar, que o marido não ajuda a mulher, e sim, faz a parte dele, que efetivamente precisa ser feita, na mesma proporção feminina. Não tem essa de dizer que o marido é maravilhoso, porque ajuda a mulher nos cuidados do filho. O filho é dele também, e ele faz apenas o que lhe é de dever, ou seja, ele não ajuda, e sim realiza a tarefa que lhe é atribuída, assim que decidiu ter o filho, e ponto.
Para homenagear e mostrar que as mulheres venecianas também tem quebrado paradigmas todos os dias, o Caderno de Matéria Especial entrevistou moradoras que realmente tem representado a classe.


Na mira delas

» Policiais militares, mães, esposas, filhas, amigas e acima de tudo: mulheres
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A profissão de militar é o sonho de muitos meninos quando pequenos. Como o tempo passou e a mulherada provou que é capaz, hoje elas tomam conta de muitos cenários, antes ditos como masculino. Um deles, a profissão de policial.
Seguindo os caminhos do pai, Tatiana Celeste dos Santos, 31, casada, dois filhos, apostou na farda para a cumprir a missão de ajudar ao próximo. “É um trabalho que precisa ter paixão no que faz, salvamos vidas de pessoas que nunca vimos. Ser policial é isso, é se dedicar ao próximo, é indiferente se o militar é homem ou mulher, o dever é o mesmo”, fala.
Compartilhando a satisfação da colega de trabalho, Gabriela Nicolau Sabadini, 25, afirma que a função entre os homens e as mulheres no quartel, não tem distinção e nem privilégios. “Preconceitos por parte dos nossos colegas também não tem, mas na rua sim. Já vivi isso quando cheguei para realizar meu trabalho em ocorrências. Como sempre mantenho a postura, isso não me abala, mas já ouvi muitas piadinhas”, revela.
Levando os ensinamentos da profissão para casa, a Naiani Oliveira, 28, revela que as lições de disciplina e compromisso ensinadas durante seu trabalho, são levadas para o seu lar. Tenho uma criança de 7 anos e ela sempre afirma que quando crescer, vai querer ser igual a mim. Isso me enche de orgulho”, diz.


Trabalho à prova de fogo

A Débora Franciani Klippel Faria Motta, 29, é bombeira há 10 anos. Veneciana, casada e com dois filhos, encontrou na profissão um desafio e ao mesmo tempo, a realização profissional. “Sempre quis ser militar. Em um universo dominado antes somente pelos homens, hoje mostramos que fazemos o diferencial. Geralmente somos mais atenciosas com os detalhes, e no trato com a população”, diz.
Quanto ao quesito preconceito, a bombeira é categórica. “Acho que conseguimos conquistar o espaço e provar, que podemos desempenhar funções antes ditas masculinas. Minha família tem muito orgulho de mim”, fala.
Já a Nedina Martins de Assis, 32, faz parte da corporação há sete anos. Natural de Muniz Freire, a bombeira trabalha em Nova Venécia desde 2011, e acredita estar na profissão certa. “Para mim é gratificante, não me vejo fazendo outra coisa”, relata.
Beatriz Ferreira de Carvalho, 23, é de Vitória, mas trabalha no Município veneciano desde que, entrou para o Corpo de Bombeiros. A militar conta que passar batom, usar brinco e ser feminina, também faz parte do dia a dia das bombeiras.

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