quinta-feira, dezembro 5, 2024
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Homem confessa ter assassinado indígena e jogado corpo em fossa no Espírito Santo

Carlos Maximiliano de Oliveira, conhecido como 'Cabo Sujo', de 56 anos, teve o corpo encontrado após o assassino confesso indicar que havia jogado vítima dentro de fossa.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, efetuou a prisão de um homem de 52 anos nessa segunda-feira (29), em cumprimento a um mandado de prisão temporária. O indivíduo é o autor confesso do homicídio de Carlos Maximiliano de Oliveira, conhecido como ‘Cabo Sujo’, de 56 anos.

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Crime teria ocorrido nesta casa, segundo informou o suspeito. Crédito: Divulgação / Polícia Civil

Segundo o delegado André Jaretta, titular da DHPP de Aracruz, a vítima foi vista pela última vez em 1º de junho do ano passado, quando saiu da casa de seus pais, localizada na Aldeia Caieiras Velha, zona rural de Aracruz. Preocupados com o desaparecimento, os familiares registraram a ocorrência cinco dias depois. Na ocasião, eles informaram que Carlos era dependente de álcool, mas geralmente retornava para casa, o que não aconteceu dessa vez. A partir desse momento, a DHPP de Aracruz iniciou as investigações, inclusive utilizando cães do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) de Colatina nas buscas, porém o desaparecido não foi encontrado.

De acordo com o delegado, apesar dos esforços em localizar a vítima, não era possível determinar se ele estava morto. Existia a possibilidade de que a morte fosse resultado de um mal súbito causado pelo consumo excessivo de álcool ou se tratasse de um crime. A área onde a Aldeia está situada é amplamente rural, cercada por florestas, lagos e rios, o que dificultava as buscas.

Na tarde de segunda-feira, a equipe da DHPP de Aracruz recebeu informações de colaboradores e intimou um homem de 52 anos para interrogatório, suspeitando de sua relação com o desaparecimento de Carlos. Durante o interrogatório, o suspeito confessou aos policiais que, na noite de 1º de junho do ano anterior, Carlos esteve em sua casa, onde consumiram cachaça juntos. O autor afirmou que, após terminarem a bebida, Carlos expressou o desejo de ir até Coqueiral de Aracruz para comprar mais, porém o suspeito discordou, resultando em uma discussão.

Segundo a versão do autor, a discussão escalou para agressões físicas, com ele recebendo um soco e revidando o golpe contra a vítima, fazendo-a cambalear e cair parcialmente em uma fossa de dejetos no quintal. Em seguida, o autor disse ter pego uma enxada e desferido dois golpes na cabeça de Carlos, fazendo-o cair definitivamente na fossa. Posteriormente, ele cobriu a fossa com uma tampa de concreto, deixando o corpo no local. A fossa fica a cerca de cinco metros da casa do autor, no quintal da propriedade.

Após o interrogatório, a equipe da DHPP de Aracruz se dirigiu à casa do autor, onde ele indicou a fossa onde havia jogado a vítima. Ao destamparem a fossa, os policiais avistaram os restos mortais de Carlos, uma ossada submersa em líquido. Imediatamente, acionaram a perícia criminal da Polícia Civil (PCES) e o Corpo de Bombeiros (CBMES) para a remoção do cadáver.

Paralelamente às diligências da DHPP de Aracruz, o delegado solicitou a prisão temporária do autor. Com parecer favorável do Ministério Público, a prisão foi decretada ainda durante a noite pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Aracruz, em regime de plantão judiciário. O indivíduo foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz.

O delegado André Jaretta ressaltou que a prisão demonstra que o caso do desaparecimento não foi esquecido. Ele enfatizou que a equipe da DHPP monitora ativamente cada um dos casos e realiza diligências sempre que surgem novas informações. Jaretta agradeceu à população por confiar e repassar informações, ressaltando a importância de denúncias sobre crimes não solucionados, que podem ser feitas anonimamente por meio do Disque-Denúncia 181.

Os familiares da vítima estão sendo orientados pelo Laboratório de Antropologia da PCES para realizar exames de DNA, a fim de confirmar tecnicamente se os restos mortais encontrados são de fato de Carlos Maximiliano de Oliveira.

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