A Notícia registrou o transplante de rins entre duas irmãs moradoras de Nova Venécia, em 2013, história vivida entre Rosimery Pinheiro, 50, que foi quem recebeu o rim da irmã, a Rosivany Pinheiro Lima, 46. Em 2018, o jornal tornou a contar a história das irmãs, em uma matéria divulgada dia 10 de outubro de 2018, com o título, “Atos que salvam vidas”.
As duas, após 12 anos que aconteceu o transplante, desfrutam de boa saúde. “Estamos muito bem, graças a Deus, sempre!. Eu faço exames anuais, para conferir se está tudo bem, já minha irmã, que foi quem recebeu meu rim, faz a cada dois meses. Está tudo tranquilo, nunca tivemos problemas”, narra Rosivany.
Um rim e duas irmãs
A dona de casa Rosimery Pinheiro, têm muito a contar quando o assunto é transplante. Depois de passar 10 anos fazendo hemodiálise, a balconista Rosivany Pinheiro Lima, 40, decidiu doar um ruim para a irmã. O ato de amor e coragem, partiu depois de ver o sofrimento e a luta diária. O pai já havia tentado ser doador, mas não pode devido a medicamentos que fazia uso. A mãe também não foi autorizada, por ser cardíaca. Trazendo o que ela chama de cicatriz de amor no corpo, a Rosivany conseguiu dar nova vida para quem ela tanto ama. Rosimery hoje em dia é transplantada, casada e tem um casal de filhos.

Um rim e duas irmãs
“Eu comecei a ter anemia, mas já era por conta do problema renal. Sem diagnóstico correto, fui tomando remédios para isso. Tudo começou há 23 anos. Somente cinco anos após, foi descoberto que eu tinha problema renal, depois meus dois ruins pararam, comecei a fazer hemodiálise. A luta foi grande, no início eram feitas em casa, adiante, começaram as idas e vindas para Colatina e depois, São Mateus. O tratamento é sofrido. Passei por cirurgias, tirei um dos rins, tive infecção e muitas complicações. Estar viva é um milagre. Nunca pedi a ninguém que fosse meu doador, isso tem que partir da pessoa. Minha irmã foi tocada por Deus, ela quis ser a doadora. Há 12 anos foi feito o transplante, minha vida mudou totalmente, eu nem sabia mais o que era urinar, e logo após a operação, o rim da minha irmã que foi colocado em mim, começou a funcionar. Me lembro de ter feito xixi, e a alegria que senti. Sou muito grata a Deus e a Rosivany. Hoje, posso realizar tarefas que antes não podia, a máquina da hemodiálise me mantinha presa a ela, a sede era uma coisa inacreditável, e não podia beber água, o sofrimento é uma dor incalculável. Deus me deu uma nova vida através da minha irmã, só tenho a agradecer, foi o ruim esquerdo dela que me salvou”, conta Rosimery Pinheiro.





