As polícias Civil e Militar prenderam nesta quinta-feira (24), L.H.S.M. de 20 anos, funcionário do Pavilhão de Saúde (o hospital) de Água Doce do Norte, suspeito de matar Natan Lima Bolzan, de 20 anos, e a companheira dele, que se identificava como mulher trans, Valquíria Ferreira da Silva, de 32 anos, no último sábado (19), em uma estrada de Barra de São Francisco, instantes após saírem de uma rinha de galo clandestina. Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi preso dentro da unidade hospitalar enquanto trabalhava, e teria negado envolvimento no crime.
Segundo a PC, o suspeito seria o atirador, e o motivo seria uma vingança a uma agressão que ele teria sofrido do casal dias antes em outra rinha de galo, em Mantena, município do Leste de Minas Gerais.
O crime
De acordo com a Polícia Militar, ao chegarem no local, os policiais encontraram as vítimas já mortas, caídas em pontos distintos às margens da estrada. Próximo a elas, havia uma motocicleta caída, que era utilizada pelas vítimas, além de um cartucho deflagrado calibre 380. Testemunhas relataram que Natan e Valquíria saíam da rinha quando foram surpreendidos pelos disparos. Eles caíram da moto e tentaram fugir a pé, mas não resistiram.
Ainda segundo informações apuradas pela PM, dias antes, Valquíria teria supostamente agredido um homem com um soco durante uma rinha de galo em Mantena, Minas Gerais. No sábado (19), esse homem estaria presente na rinha de Barra de São Francisco e teria dito a algumas pessoas que “queria ver se Valquíria teria coragem de dar um soco nele” naquele dia. Ao deixarem o local, com Valquíria pilotando a moto e Natan na garupa, o suspeito teria efetuado os disparos. As vítimas caíram, e correram para lados diferentes. Natan foi encontrado morto no quintal de uma casa inabitada, e Valquíria, na vegetação às margens da estrada.
A perícia da Polícia Científica constatou que Valquíria foi atingida por dois tiros no peito, enquanto Natan sofreu três disparos: um que entrou pela nádega e saiu na virilha, outro no peito e um terceiro na panturrilha esquerda. O pai de Natan relatou que o filho morava com Valquíria há cerca de três anos na cidade de Água Doce do Norte.
A reportagem tenta contato com a Prefeitura de Água Doce do Norte, e o espaço também está aberto para a defesa do preso.