segunda-feira, dezembro 9, 2024
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Funcionário de hospital é preso em investigação de suposto crime sexual em Montanha

Ítalo Santana Porto, 32 anos, acompanhava um familiar internado quando foi preso; hospital critica ação da polícia que chamou de 'espetaculosa'

 

Um funcionário do hospital de Montanha foi preso nesta segunda-feira (25) durante uma operação da Polícia Militar, em cumprimento a uma ordem judicial que o investigava por supostos crimes de tentativa de homicídio e estupro. A prisão ocorreu dentro do hospital, onde o suspeito, identificado como Ítalo Santana Porto, 32 anos, acompanhava um familiar internado.

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A Polícia Civil informou que o suspeito, de 32 anos, conduzido à Delegacia Regional de Nova Venécia, foi autuado em flagrante por adulteração veicular e foi dado cumprimento ao mandado que possuía por violencia psicológica, estupro e tentativa de homicidio, expedido pela Vara Única de Montanha. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória.
Por nota, a Polícia Militar disse que “na tarde dessa segunda-feira (25), policiais militares abordaram um motocicleta que estava trafegando com o veículo sem placa no Centro de Montanha. Foi constatado que contra o indivíduo, de 32 anos, havia um mandado de prisão em aberto. Ele foi conduzido para a 17ª Delegacia Regional. A CNH do homem estava vencida e ele foi multado. A moto foi guinchada”.

Em nota oficial, o hospital repudiou a abordagem da Polícia Militar, classificando como “espetaculosa” e sugerindo que teria “fins políticos”. O hospital disse que o servidor já estava afastado das funções respondendo a uma sindicância interna que até momento, segundo a unidade, não reunuiu elementos de prova para sustentar a acusação imputada. Disse ainda que ‘o desejo de acusar, não pode ser maior que o direito de defesa’.

O Hospital disse que “repudia veementemente a ação policial em suas dependências, considerando que a ordem de prisão poderia ter sido cumprida em outro horário e local, sem comprometer o ambiente hospitalar”.

De acordo com informações obtidas pela Rede Notícia, o crime contra a dignidade sexual sob investigação teria ocorrido dentro das dependências do próprio hospital.

A defesa do suspeito disse que o homem não deve à Justiça e que vai pedir sua liberdade, uma vez que os fatos imputados “não se sustentam” e “sua liberdade não compromete o curso do processo”.

Nota do hospital (na íntegra)

O diretor jurídico Dr. Arthur Sampaio (OAB 32.976) da Sociedade Beneficente e Cultural de Montanha, conhecida como Hospital Maternidade Nossa Senhora Aparecida de Montanha, informa, por meio deste, que recebeu com surpresa a ação da Polícia Militar nesta segunda-feira (25), que culminou na prisão de um de seus colaboradores. A detenção foi realizada de forma ostensiva dentro do hospital, onde o investigado acompanhava um familiar internado.

Esclarecemos que já tínhamos ciência das imputações feitas ao colaborador e, em apuração interna, não foram identificados, até o momento, indícios de autoria ou materialidade de qualquer irregularidade.

No dia 18 de setembro, a Direção do hospital, prezando pela imparcialidade na investigação e para preservar o andamento das apurações administrativas, decidiu afastar o servidor Ítalo Santana Porto até a conclusão da sindicância aberta.

Ressaltamos que vivemos em um Estado Democrático de Direito, onde o direito à ampla defesa e ao contraditório deve nortear qualquer ato investigativo. O desejo de acusar não pode se sobrepor ao direito de defesa.

Diante disso, o Hospital repudia veementemente a ação policial em suas dependências, considerando que a ordem de prisão poderia ter sido cumprida em outro horário e local, sem comprometer o ambiente hospitalar. Acreditamos que a operação, evidentemente política e direcionada, fugiu de seu objetivo ao apelar ao espetáculo.

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