sexta-feira, abril 18, 2025
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Fotomat comemora 41 anos contando a história de muitos venecianos através dos cliques

Idealizada pelo fotógrafo Manoel Henrique Martins, a empresa continua representando a tradição entre os empreendimentos da cidade

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Sendo inaugurada no dia 04 de novembro de 1980, a Fotomat pode ser definida como a tradução de muitas histórias que aconteceram e acontecem em Nova Venécia e região. Uma loja que traz consigo emoções, contadas através de cliques, a Fotomat foi idealizada pelo fotógrafo Manoel Henrique Martins, 70 anos, trazendo o nome e a logomarca da loja dos Estados Unidos. “Cheguei por lá em 1978, sou mineiro e a região onde morava, era costumeiro as pessoas se mudarem para aquele país. Quando voltei trouxe já pronto o nome do meu estúdio”, conta.

Foi em 1980 que o Manoel Henrique, ou melhor, o Manoel, mudou-se definitivamente para Nova Venécia. Antes disso, ele conta que vinha a trabalho por aqui e ficava hospedado no Hotel Avenida, construindo uma grande amizade com a família Scardini. “Fui montando minha história aqui, que é onde casei, tive minhas filhas, e permaneço até hoje. Acho que é difícil ter uma família que não teve alguém fotografado por mim, ao menos uma foto 3×4, garanto que tenha sido tirada por mim”, conta.

Com as mudanças e a tecnologia invadindo o mundo, Manoel que já fotografou na saudosa máquina fotográfica Yashica Mat, e também em uma Rolleiflex, precisou se atualizar, e junto, adicionou um nicho de ofertas em sua loja, que chegaram para somar. A Fotomat, além de fotografias, trabalha com banner, canecas personalizadas, restauração de fotos e artigos no ramo fotográfico, isso tudo na Avenida Vitória, em frente ao Banco do Brasil. “Nos 40 anos de aniversário da Fotomat, iríamos fazer um café da manhã para nossos clientes, para os amigos, mas devido a pandemia, infelizmente não foi possível realizar a comemoração. Agora, estamos com mais de quatro décadas fotografando Nova Venécia e região”, diz.

» Manoel, Inês e parte da equipe da Fotomat

Origens

Nascido em Bueno, interior de Minas Gerais, Manoel foi estudar em Mantena. Aos 21 anos, ele e o irmão montaram um estúdio de fotografia, em 1970, pois lá no Bueno, eles já tinham um tio que fotografava e foi dali, que tudo começou. “Comecei a rodar pelas cidades fotografando, até 1978. Estive muitas vezes em Nova Venécia, fiz amizades sólidas, e a soma de tudo, resultou na minha permanência aqui, após voltar dos Estados Unidos, que foi onde trabalhei em construção e ganhava bem, mas não gostava de morar lá”, esclarece.

Quando veio embora da América do Norte, de acordo com Manoel, ele trouxe 4 mil dólares e montou seu primeiro estúdio, na rua Eurico Salles, ao lado da Móveis Linhares. Quatro de novembro de 1980, a Fotomat abriu pela primeira vez e Manoel conta durante a entrevista que foi o sexto fotógrafo da cidade, “Comprei uma bicicleta e comecei a utilizar o veículo como transporte para fotografar. Cobri muitos bailes de debutantes, casamentos, festas, tantos batizados”, diz.

Traçando sua história no município veneciano, o mineiro também foi fotógrafo do extinto jornal Alto falante, que tinha como idealizadores, José Renato Ferrari, José Angelo Campos, Daulim Bonomo. Também fotografou para A Gazeta, Folha do Estado, onde foi sócio por 13 anos. “Fotografei todos os políticos que passaram por aqui, doei muitas fotos para gente que não tinha condições de pagar, ajudei muita gente. Tenho uma gratidão enorme por Nova Venécia, por esse povo daqui. Através da fotografia contei a história de nossos moradores, do povo de Vila Pavão, de Boa Esperança. Já cheguei a fotografar 14 casamentos na igreja católica”, diz.

Com a chegada da fotografia digital, no final dos anos 90 e 2000, a máquina fotográfica ficou acessível, depois veio celular. “Foi inevitável, fotografia caiu, mas eu já construí o que queria, sou feliz com o que conquistei. Minha esposa e eu já formamos nossas filhas, temos duas dentistas e uma farmacêutica”, narra.

Casado com a também fotografa, Inez Campo Dall’Orto, 59, o casal é pai da Manuela, Sara e Bárbara. A história dos dois, quem deu uma forcinha foi também a fotografia. “Nos casamos no dia 05 de junho de 1982, na Matriz São Marcos, mas nos conhecemos porque fui fotografar uma sobrinha dela. Naquela época era comum os fotógrafos irem nas casas das famílias, para fazer as fotografias, foi assim que nos conhecemos”, diz.

Hoje membros da Igreja Assembleia de Deus Madureira, Manoel conta que já diminuiu a intensidade dos eventos, mas que tem na profissão, uma grande paixão. “A fotografia é algo bacana porque mexe com o coração das pessoas, é sem dúvida muito especial para mim”, relata.

» Manoel e Inês comandam a Fotomat, empresa que sempre foi retrato de sucesso na região
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