O primeiro médico a atuar no Hospital São Marcos, por onde ficou por 30 anos como diretor clínico. Aylton Peruchi, 87 anos, se despediu da profissão que atuou por 57 anos, durante uma comemoração, que reuniu amigos, familiares, na última sexta-feira, dia 21.
Nascido em 1938 no patrimônio de Ribeirão do Meio, no município de Aracruz e com 57 anos dedicados à medicina, mais de 10 mil cirurgias, partos normais, cesarianas e um histórico com início em Nova Venécia em 1968, doutor Aylton, colocou milhares de crianças venecianas no mundo, inclusive a jornalista que fez esta matéria.

A chegada
No Hospital São Marcos, junto a ele, estava uma italiana, que era irmã Comboniana, radiologista, e atuou desde sua chegada, que foi a Tereza Lazaroto, médica diplomada pela Universidade de Pádua, na Itália. Aylton contou para A Notícia que, os dois faziam uma boa dupla profissional, e também, narrou porque veio para cá. “Escolhi vir para cá porque aqui tinha como eu atuar em minha especialidade, diferente de outras cidades pelo Estado. O hospital estava montado e preparado, cheguei, me instalei e fiquei. Tenho paixão por Nova Venécia, me considero veneciano”, diz.
E assim é a rotina do cirurgião que já chegou a atender 40 pacientes por dia, que tem o prazer de dizer, que além de médico, é amigo de seus pacientes, é doutor da família e trata de várias pessoas do mesmo ambiente familiar. “A medicina é uma paixão, representa tudo para mim, se o tempo voltasse, eu faria tudo do mesmo jeito, inclusive, vir para Nova Venécia”, declara.
Peruchi é casado há 45 anos com Maria da Penha Barcelos Bastos Peruchi, e o casal tem três filhos, a Izabella e o Victor, que também são médicos, e o Guilherme, que é advogado. Também, quatro netos.

Faculdade de medicina
Aylton Peruchi, aos 23 anos passou no vestibular no Rio de Janeiro, na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Formou-se em cirurgia-geral na Santa Casa de Misericórdia, também na cidade carioca, aos 29 anos, em 1967. Peruchi mudou no ano seguinte para Nova Venécia, para atuar no Hospital São Marcos, que era administrado pelas irmãs Combonianas, local que se aposentou, deixando claro, muita saudade, muitos bebês nascidos de suas mãos e o melhor: um atendimento sempre humanizado. Parabéns, Peruchi!