segunda-feira, novembro 10, 2025
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Empresários se unem em Nova Venécia para fortalecer o setor industrial

Associação formada por 24 empresas planeja investir R$ 34 milhões e gerar quase 300 empregos no município

Representantes de 24 empresas locais se uniram para criar a Associação dos Polos Industriais e Árvores Industriais de Nova Venécia (APIA-NV), entidade que nasceu com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento econômico do município e representar os interesses do setor produtivo. O grupo também se mobiliza para contestar uma ação movida pelo Ministério Público, que apontou inconsistências no processo de doação de áreas industriais.

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Segundo o presidente da associação, Wellington Ribeiro, a entidade surgiu a partir das demandas do Polo Industrial 3, mas rapidamente ganhou adesão dos polos 1 e 2. “A princípio, a gente montou pensando só na nossa demanda do Polo 3, e acabamos tendo adesão do Polo 1 e 2, até como forma de organização da parte industrial de Nova Venécia”, explicou.

De acordo com Ribeiro, o conjunto das empresas associadas representa um investimento inicial de R$ 34 milhões, todo ele de origem regional — parte financiado via bancos e parte com recursos próprios. O impacto econômico, segundo ele, será significativo: 292 novos empregos diretos e cerca de 694 colaboradores alocados imediatamente com o funcionamento das empresas.

“Além disso, calculamos que o retorno em impostos municipais pode chegar a R$ 1,2 milhão por ano, considerando uma alíquota média de 3% de ISS sobre os serviços”, afirmou o presidente.

Wellington informou que o grupo foi surpreendido por uma ação do Ministério Público apontando 14 supostas inconsistências no processo de concessão dos lotes industriais. “A gente acredita que essas inconsistências não se sustentam, porque a lei foi aprovada pela Câmara e seguiu todo o rito de qualquer licitação”, defendeu.

Ele destacou que as empresas estão articuladas em uma defesa conjunta, com apoio de advogados e também respaldo político. “O grupo de advogados está unido para poder fazer a defesa. A gente entende que o trabalho é um dos principais vetores de desenvolvimento da sociedade, e é nisso que estamos focados”, afirmou.

Até o momento, nenhuma das empresas foi notificada judicialmente, apenas de forma administrativa. Segundo Ribeiro, as defesas já estão prontas e serão apresentadas assim que as notificações oficiais forem entregues.

O presidente da APIA-NV destacou que o objetivo da associação vai além da defesa jurídica e do interesse imediato das empresas. “A gente pensa de forma macro, ajudar também o Polo 2 e toda a estrutura industrial do município. A manufatura é essencial para o desenvolvimento da cidade”, disse.

Wellington enfatizou ainda o papel social e urbano dos polos industriais, especialmente na região do bairro Aeroporto 2. “A geração de emprego pode ajudar a resolver problemas sociais e de mobilidade. Muita gente que mora ali trabalha no polo, e isso reduz o trânsito e movimenta o comércio local, com bares, restaurantes e padarias surgindo junto”, destacou.

Ele também reforçou que a associação não pretende politizar a questão. “Apesar de o projeto de lei ter sido feito pela antiga gestão, a gente não quer politizar. Nosso intuito é encontrar uma solução e liberar os empreendimentos. Existem três empresas prontas para se mudar e outras com projetos aprovados, só aguardando a resolução do problema”, explicou.

Para Wellington, o fortalecimento do setor industrial é essencial para o futuro de Nova Venécia. “O município é o centro econômico do noroeste do Estado, um grande produtor e escoador de grãos. A gente precisa urgentemente industrializar a região. É obrigação do poder público dar suporte ao empreendedor, principalmente nas áreas industrial e tecnológica”, concluiu.

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