Duas diferentes histórias, que como o Jornal, somam a mesma idade, sendo que, cada uma trazendo seu sucesso
Com 28 anos de fundação, o Jornal A Notícia quer mesmo é comemorar. São anos de dedicação, levando informação à população. São histórias e mais histórias contadas, e muitas delas, de sucesso. Como o veículo tem muito a festejar, hoje estão sendo mostradas narrativas de quem muito importa para nós: os leitores. Não tendo espaço para todos, selecionamos duas resumidas biografias de venecianos comuns, mas que também possuem boas histórias, como A Notícia. Detalhe, eles têm algo em comum com o Jornal: possuem também 28 anos de idade.
Trabalho nas alturas

Diego Belmiro dos Santos tem uma profissão um pouco diferente da dos moradores de Nova Venécia. Ele é alpinista industrial. Foi esta tarefa que escolheu há cinco anos, logo depois que usou o dinheiro da rescisão da empresa onde trabalhava com granito em Nova Venécia, e foi se aventurar em seu novo destino.
De acordo com Diego, muitos duvidaram dele, mas isso não o abalou. Lá foi o recém desempregado para o Rio de Janeiro, fazer os cursos que precisavam, para iniciar a profissão.
As dicas vieram através de um amigo mateense, que também desenvolvia o mesmo trabalho em que o veneciano almejava entrar. O curso técnico em acesso por cordas, foi por onde tudo começou. Primeiro ele passou pelo nível um e foi adiante, até chegar hoje, ao três.
“Trabalho embarcado, são 14 dias de muita dedicação na Bacia de Campos. Para chegar ao meu local de serviço, são 40 minutos de helicóptero. Enquanto uns enfrentam o trânsito, eu vou pelo ar”, brinca.
Diego trabalha hoje embarcado em navio. O ramo que escolheu tem atuação em pintura, solda, inspeções, movimentação de carga e serviços em caldeira. Tudo isso pendurado a cordas, em alturas que podem chegar a 160 metros, o que equivale a um prédio de 46 andares.
“No início eu tinha muito medo. Hoje em dia, o medo é bem menor, tenho muito respeito. Tem que ter, senão os acidentes acontecem, auto confiança demais não combina com o nosso trabalho. Se forem usados os equipamentos corretos e seguir as normas, o risco é zero”, diz.
O veneciano, que tem quase 5 mil horas trabalhadas, revela que as vezes esquece que fica nas alturas para realizar o trabalho.
“Mesmo com a rotina, é preciso ser humilde, ter concentração e saber que cada lugar tem seu perigo. Quando acontece algum acidente, é difícil ter tempo para consertar, a maioria das vezes resulta em morte”, explica.
Como o mercado de alpinismo industrial vem crescendo, Diego que já conquistou o cargo de supervisor nível três, planeja abrir uma empresa no ramo em Nova Venécia, e já começou até a comprar os equipamentos.
“Vejo muita gente pendurada, trabalhando de forma irregular e arriscando a vida. Quem contrata precisa saber que está pagando por um serviço amador e de risco. O Brasil evoluiu muito neste ramo e nos equipamentos, temos condições de ter uma empresa dessas boa aqui. O trabalho de acesso por cordas é feito em pontes, prédios, torre, e por aí vai. Tenho certeza que vai ser o futuro empregatício de muita gente”, conta. AlloEscort.ch
O veneciano é casado, tem um filho, e durante os 15 dias de folga, o descanso é aqui em Nova Venécia, ao lado da família.
“Não tenho intenção de mudar daqui. Lá é só meu local de trabalho. Gosto muito do que faço, é muito bonito e sei que, muitas pessoas admiram quando somos vistos desempenhando nossa função”, fala.