Ex-prefeito deve disputar vaga à assembleia na eleição do ano que vem
O ex-prefeito de Nova Venécia, Walter De Prá, foi inocentado pela Justiça da acusação de peculato, por ter recebido um total de R$ 99.574,09 em diárias nos anos de 2005 e 2006.
Na decisão, assinada com data de 12 de janeiro de 2017, o juiz Ivo Nascimento Barbosa argumentou não haver provas suficientes para a condenação.
A ação de improbidade administrativa foi ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MP-ES) em 2007, após denúncia feita pelos então vereadores, Josué de Sá Rodrigues (PDT), Flamínio Grilo (PTB) e João Júnior Vieira dos Santos (PMDB).
Naquele ano, a Justiça chegou a decretar indisponibilidade dos bens de De Prá, que na época estava no DEM, mas negou o pedido de afastá-lo do cargo, no qual ficou até 2008. Só em agosto de 2012 a denúncia foi recebida pela Justiça.
De acordo com a Promotoria de Justiça, De Prá teria recebido um total de R$ 99.574,09 em diárias indevidamente. A ação sustenta que nos períodos em que o prefeito deveria viajar, foi comprovado que ele se encontrava na sede do município.
Na decisão que definiu pela absolvição de Walter de Prá, o juiz narra que o ex-prefeito atestou inúmeras idas a Vitória para tratar de interesses do município, com declarações de várias entidades públicas e privadas.
Ainda segundo ele, ficou evidenciado a regularidade de deslocamentos também aos fins de semana e que “mostra-se possível a ida para Vitória com retorno no mesmo dia a Nova Venécia, não impedindo assim do acusado de ter participado de eventos em ambos os locais”. Fonte: G1.
Em nota, o advogado de De Prá, Ricardo Gobbi, afirma que a absolvição “representa uma resposta independente e imparcial do eminente magistrado”, e que “tudo indica que as acusações contra ele decorram de ressentimentos políticos contra sua vida pública independente”, disse.
Informações dão conta que De Prá deverá disputar uma das 30 vagas da assembleia legislativa na eleição do ano que vem.
