A pandemia do Covid-19, iniciada oficialmente em março deste ano, provocou forte redução de consumo generalizado em lojas físicas e a categoria mais afetada foi a classe do comércio varejista, grande fonte geradora de emprego e renda, com a impossibilidade de abrir suas portas normalmente e fomentar a economia local, em virtude de proibições decretadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com a justificativa de que seria para evitar o avanço do contágio do novo coronavírus.
Para o presidente da Associação dos Contabilistas (Ascon), Ednilson Zotelle, os comerciantes foram fortemente afetados pela paralisação ou redução das atividades e muitos estão fechando seus estabelecimentos em definitivo, o que contribuirá para aumentar o índice de desemprego, além de reduzir os valores arrecadados pelos governos com impostos, o que também implicará na redução de investimentos em setores importantes como Saúde e Educação, por exemplo.
“Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai, automaticamente, o consumo de itens, principalmente os não essenciais, o que agrava ainda mais o já alto desemprego. Nós, contabilistas, que acompanhamos o dia a dia das empresas de nossos clientes, estamos muito preocupados com as ações que estão sendo decretadas e que atingem em cheio o comércio. Os governos precisam ter consciência que o comércio varejista não é vetor de propagação do coronavírus, pois pesquisa realizada recentemente no município mostra que o índice de contaminação das pessoas que trabalham no comércio é muito pequeno, resultado do trabalho dos empresários e comerciários que fazem controle rigoroso no atendimento ao cliente”, enfatiza Ednilson Zotelle.
Outra preocupação do presidente da Ascon é com o volume de impostos e compromissos a serem honrados pelos empresários, mensalmente. “Com a grande queda das vendas e dificuldade de liberação de crédito nos bancos, como pagar em dia os funcionários, impostos, fornecedores, aluguel, água, telefone, entre outros, com horários reduzidos de funcionamento das empresas?”, questiona.