Muita gente tem passado pela rotatória da Avenida São Mateus e se perguntado: o que seria aquela obra no início do canteiro central da Avenida Guanabara?
Pois bem. A reportagem de A Notícia foi até à Engesolo Engenharia e buscou a resposta junto à empresa responsável pelo gerenciamento do contrato e fiscalização das obras da 2ª etapa do esgotamento sanitário no município.
Segundo a empresa, a obra que está sendo realizada no local é a implantação de uma Estação Elevatória de Esgoto Bruto (EEEB), que terá a função de receber e bombear todo o esgoto do lado norte do município para um poço de visita localizado embaixo do semáforo, no Centro da Cidade, que destinará o material para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada logo após o Ifes.
De acordo com o fiscal de obras da Engesolo, Jean Carlos Ribeiro Martins, o trabalho é necessário em função do grande desnível do município. “Quando você tem um certo um certo caimento para ir para o seu destino, onde você não consegue passar uma rede para que o esgoto possa ser transferido pela gravidade, ou seja, pelo o seu próprio peso, você precisa de uma estação que vai recebê-lo e bombeá-lo até o seu destino, para que ele consiga vencer esse desnível que ele terá de diferença entre o bairro que será coletado e a sua destinação final”, disse.
A obra é composta de várias etapas. “Primeiramente, nós vamos concretar. Em seguida, colocaremos as tampas, executaremos a parte hidráulica, que é todo o encanamento por dentro da elevatória, instalaremos as bombas e a parte elétrica, para então, revitalizarmos o local”, disse o fiscal.
Segundo ele, inicialmente a elevatória não estava prevista naquele local. “A previsão era para que ela fosse implantada na Praça Adélio Lubiana, mas em comum acordo com a prefeitura, que optou por revitalizar a Praça, decidimos remanejar a elevatória para o canteiro atual”.
Quanto ao prazo de conclusão da obra, Jean afirmou não poder precisar uma data, já que a previsão da conclusão de toda etapa é fevereiro de 2018, podendo se estender até junho, conforme o contrato. “Iniciamos os trabalhos há cerca de uma semana. É palatino. Primeiro vamos concluir a concretagem, depois passaremos para as partes hidráulica e elétrica e, enfim, para a revitalização do local. Terá todo um projeto paisagístico e uma reubarnização. Não será aquele caixote feio e exposto. Vai haver todo um processo de revitalização, com um plantio de árvores, já que tivemos a necessidade de retirar as duas que tinham ali. Vamos tentar causar o menos transtorno possível”.
Para não causar transtorno no local, as obras estão concentradas mais nos finais de semana. “Enquanto houver escavação, o foco ali é tentar aliar os trabalhos mais nos finais de semana, porque nós temos um tráfego de caminhões para fazer a retirada da terra e se fizermos isso com mais intensidade em meios de semana, acaba ocasionando muito transtorno no trânsito. Haverá situações que teremos que trabalhar em meio semana, então já queria pedir, antecipadamente, um pouco de compreensão da população, porque é uma obra que nos trará muitos benefícios”, disse o fiscal.
Jean ainda explicou como será o sistema de funcionamento das bombas. “A elevatória não irá reter esgoto. Ele não vai ficar parado dentro dela. Quando ele chegar, a bomba já será acionada e ela irá destiná-lo para o seu ponto de destino. A bomba é ligada à rede elétrica e, em caso de má funcionamento de uma, nós temos outra reserva. As duas poderão trabalhar juntas, caso o volume seja extrapolado. Nós não teremos retenção de esgoto.
Quanto a preocupação da população sobre o mal cheiro que pode haver na localidade, ele tratou de explicar e afirmar que não haverá esse problema. “Dentro da elevatório, existe um sistema de biofiltro, que filtra o gás, retendo todo o material que causa o mal cheiro, eliminando somente “ar puro”. Então, nós temos um sistema de filtragem desses gases que inibem o mal cheiro. A elevatória também é totalmente vedada, não deixando o mal cheiro ser eliminado. Então esse problema não irá acontecer naquele local”, finalizou.
