O assassinato bárbaro de Angelica Aparecida Oliveira, de 49 anos, completou dois meses, e a Polícia Civil ainda não apresentou respostas para a família e para a sociedade de quem a matou e por qual motivo. O carro de Angélica foi encontrado em chamas, incendiado, na manhã do dia 27 de agosto deste ano, na entrada do Córrego das Araras, na Zona Rural de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo. Ela havia saído de casa para dar plantão de recepcionista no Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, mas não chegou. No banco do passageiro do carro incendiado havia uma ossada. A reportagem apurou que o exame de DNA feito no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, confirmou que a ossada é a de Angélica.
Procurada pela Rede Notícia nesta terça-feira (31), a Polícia Civil informou apenas que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Jaguaré e que detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto. A reportagem apurou que foi preso há alguns dias em Jaguaré, George Almir dos Santos Loureço, acusado do crime de homicídio. Morador do bairro Boa Vista I, seria suspeito de envolvimento no crime. A Polícia, no entanto, não nega e nem confirma, e nem dá detalhes. Nós não conseguimos localizar a defesa do suspeito. O espaço segue aberto.
Funcionária de hospital
Angelica Aparecida Oliveira, de 49 anos, era auxiliar administrativo no Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, em regime de designação temporária, desde dezembro de 2021.
Segundo a versão do marido de Angelica Aparecida Oliveira, Aleone Souza, a mulher saiu de casa em Jaguaré às 4h do dia 27 de agosto, e daria carona a uma pessoa que ele não soube dizer quem era. No entanto, a investigação aponta que a mulher não teria dado carona a essa pessoa, e também não chegou ao trabalho. Ao saber que um veículo havia sido achado incendiado, Aleone foi ao local, e reconheceu o carro como sendo o de Angelica.
Em conversa com a reportagem da Rede Notícia, Aleone contou que ele e Angelica moravam juntos há 18 anos, e têm um filho juntos, de 11 anos. Ela tinha outros três filhos de outro relacionamento. O marido disse na ocasião que desconhecia qualquer inimizade, e contou que a mulher era “tranquila” e que estava cursando enfermagem.
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