De acordo com funcionárias, o cachorro sempre fica embaixo dos caixões durante velórios, acreditando ser sua protetora que foi velada ali. Leia a história e se puder, adote esse lindo e dócil animal!
Uma cena tem chamado a atenção das funcionárias da capela mortuária de Nova Venécia. É que, após cerca de 90 dias do velório da tutora, um cachorro ainda espera a sua dona.
De acordo com as funcionárias do local, a Serrate da Silva e a Arlete Gava, o cão está sem um lar após o falecimento da dona, e provavelmente, permanece na capela aguardando voltar para casa com a dona. “No dia do velório ele passou o tempo inteiro aqui, na beira do caixão. Quando chegou a hora do sepultamento, ele estava no lado de trás e, provavelmente, não viu o cortejo saindo. Ele fica aqui aguardando a dona, dá muita pena”, falam as duas servidoras.
O cachorro, que é manso e de porte médio, também já foi visto na Câmara Municipal de Nova Venécia e no Hospital São Marcos. “Ela deve ter ficado internada lá. Ele anda pelas ruas e vem todos os dias aqui. Quando tem velório, creio que ele acha que é a tutora dele quem está ali e, ele fica embaixo do caixão, as vezes late, tipo que estivesse vigiando e guardando a dona”, explica Serrate.
Dócio e de cor caramelada, o animal está abatido, emagreceu muito e segundo Serrate, ela não vê um bom desfecho. “Se alguém não o adotar, acho que ele vai morrer, está a cada dia mais magro”, descreve.
As funcionárias vêm alimentando o cachorro, e contam com doação de ração. “Essa semana um rapaz doou a ração, mas ele não pode ficar aqui, teria que ter um dono. Ele é um cachorro bonito”, relatam.
O cachorro da capela, como tem sido chamado, aparenta ser de pêlos encaracolados, porém, devido estar na rua, está sem cuidados. “Quando peço ele dá a patinha, dá para ver que a dona dele o amava muito e que era bem cuidado”, conta Arlete.
Para quem quiser conhecer o cão, doar ração ou adotar, procurar as servidoras na capela mortuária. “Nossa vontade é que apareça um dono para ele, deve estar sofrendo com a ausência da dona que faleceu. Nós não sabemos quem foi a pessoa que foi velada aqui, não lembramos, não sabemos se a família da dona tem conhecimento de que ele foi esquecido aqui, ou se foi abandono. O importante agora é encontrar um lar para ele, pois nem sempre tem velório e a capela fica fechada, ele está enfrentando frio, chuva e fome”, finalizam.
